A Vida está, neste exato momento, bem aqui. É um triste infortúnio que ninguém esteja dando à ela a sua atenção. Isso é algo realmente triste. A vida nos fala tantas coisas, ela nos diz tantas coisas, que isso por si só já basta para fazer o homem alegrar-se com a sua existência e com a existência das demais coisas. Não importa o que seja: qualquer coisa que possa estar existindo, nesse exato momento, para alguém é o suficiente para que o homem regozije desta dádiva. Tudo é uma bênção, tudo é uma dádiva... tudo é um verdadeiro milagre.
O homem pode viver de maneira leve, aliviado de todas as pressões e preocupações das quais sua mente se ocupa habitualmente. Carregar estes fardos, além de ser muito desnecessário (e a maioria das pessoas não têm consciência disto), é deixar que o sentido da vida se perca e, assim, a vida se torna insuportável para qualquer um. Daí tantas pessoas miseráveis nesse mundo; é por isso que há tanta gente sofrendo e passando por problemas... Mesmo que muitas pessoas não aparentem sofrer ou terem problemas, por dentro elas estão sendo corroídas por uma série de sentimentos feios, mas elas usam máscaras e, assim, conseguem manter suas aparências para os outros. Todos querem passar ao próximo uma impressão de que tudo está perfeito, de que tudo em suas vida saiu conforme o planejado, de que são pessoas de sucesso. Assim, essas pessoas sentem que têm algo do qual possa se orgulhar. É uma maneira de se sentirem importantes... é uma forma que o ego tem de se afirmar. Eles, na verdade, só conhecem a frustração. Essa é a vida que todo o mundo está vivendo.
Mas mesmo isso pode se tornar algo belíssimo. Todas as experiências -- quais quer que elas sejam -- podem se tornar muito bonitas, agradáveis e gratificantes de serem vividas para quem tem olhos para olhar para a vida, para esta existência... esse é o alívio.
Olhe com atenção para as coisas! Pergunte-se por um momento: "O que é que toda esta existência está fazendo aqui?". Quando perguntar, tente colocar um pouco os conceitos e preconceitos de lado. Deixe sua religião de lado. Deixe, até mesmo, a questão de Deus um pouco de lado. Tente ver a relação que a existência possui diretamente com você. Não coloque conceitos, filosofias entre vocês... nem mesmo Deus. Apenas por um instante... Com certeza Deus não verá isto como um pecado seu. Ele não é assim tão mesquinho. Não é pecado o homem querer sondar sua própria existência. Deus não condenaria ninguém por conta disto.
Quando for perguntar, olhe para a existência de forma completa -- percebendo tudo o quanto puder -- e então "O que toda essa existência, inclusive eu, está fazendo aqui?" Veja que tudo isto não tem obrigação alguma de existir; e o mais impressionante de tudo é que todas estas coisas existem e permanecem existindo... Que milagre!!!
Olhe bem para a pergunta e procure separar bem toda a existência que você consegue perceber do "aqui" a que a pergunta se refere. Se você conseguir fazer isso, então vai perceber que esse "aqui" não é um lugar localizado no espaço... ele é um "aqui" transcendental. O segredo dessa pergunta está na palavra "aqui". Separe o "aqui" da existência que você questiona. E você terá a resposta; e você perceberá como, de repente, tudo vai parecer ficar mais leve. Quando ficar mais leve, você entenderá que sempre esteve carregando um fardo desnecessário com você, mas nunca percebeu porque você não conhecia a outra experiência -- você só pode perceber o fardo que carrega quando ele é retirado de você... somente por contraste isso é possível. Assim, por um instante, você vai tirar toneladas de cima de você... e o resto da experiência você confere por si mesmo. É desta forma que tudo se torna uma dádiva; é desta forma que tudo passa a ficar belo, de forma que a vida pode passar a ser deliciosamente desfrutada.
É que a existência é algo tão evidente, que ninguém mais dá atenção à ela. É incrível como as coisas mais óbvias são as que mais perdem sua importância. Isto está errado. A vida está aqui e é tremendamente bela... veja!
Mas mesmo isso pode se tornar algo belíssimo. Todas as experiências -- quais quer que elas sejam -- podem se tornar muito bonitas, agradáveis e gratificantes de serem vividas para quem tem olhos para olhar para a vida, para esta existência... esse é o alívio.
Olhe com atenção para as coisas! Pergunte-se por um momento: "O que é que toda esta existência está fazendo aqui?". Quando perguntar, tente colocar um pouco os conceitos e preconceitos de lado. Deixe sua religião de lado. Deixe, até mesmo, a questão de Deus um pouco de lado. Tente ver a relação que a existência possui diretamente com você. Não coloque conceitos, filosofias entre vocês... nem mesmo Deus. Apenas por um instante... Com certeza Deus não verá isto como um pecado seu. Ele não é assim tão mesquinho. Não é pecado o homem querer sondar sua própria existência. Deus não condenaria ninguém por conta disto.
Quando for perguntar, olhe para a existência de forma completa -- percebendo tudo o quanto puder -- e então "O que toda essa existência, inclusive eu, está fazendo aqui?" Veja que tudo isto não tem obrigação alguma de existir; e o mais impressionante de tudo é que todas estas coisas existem e permanecem existindo... Que milagre!!!
Olhe bem para a pergunta e procure separar bem toda a existência que você consegue perceber do "aqui" a que a pergunta se refere. Se você conseguir fazer isso, então vai perceber que esse "aqui" não é um lugar localizado no espaço... ele é um "aqui" transcendental. O segredo dessa pergunta está na palavra "aqui". Separe o "aqui" da existência que você questiona. E você terá a resposta; e você perceberá como, de repente, tudo vai parecer ficar mais leve. Quando ficar mais leve, você entenderá que sempre esteve carregando um fardo desnecessário com você, mas nunca percebeu porque você não conhecia a outra experiência -- você só pode perceber o fardo que carrega quando ele é retirado de você... somente por contraste isso é possível. Assim, por um instante, você vai tirar toneladas de cima de você... e o resto da experiência você confere por si mesmo. É desta forma que tudo se torna uma dádiva; é desta forma que tudo passa a ficar belo, de forma que a vida pode passar a ser deliciosamente desfrutada.
É que a existência é algo tão evidente, que ninguém mais dá atenção à ela. É incrível como as coisas mais óbvias são as que mais perdem sua importância. Isto está errado. A vida está aqui e é tremendamente bela... veja!
Jogar fora o fardo que se carrega não é nenhum pouco complexo. Colocá-lo de lado significa parar de querer estar no controle da situação. Veja: se você analisou bem a pergunta, você compreenderá que a vida existe independente de suas vontades, de seus esforços... ela segue sozinha. E você está tentando carregá-la, você não permite que ela seja livre e ande por conta própria. Esse é o fardo que torna a vida de tantas pessoas uma verdadeira miséria. A existência não depende de você para existir (um dia você morrerá, não estará mais aqui, e a existência vai continuar prosseguindo), e você segue agindo como se ela dependesse... querendo forçá-la, manipulá-la. Você não confia em ninguém que não seja em você -- nem mesmo em Deus; você não abre o seu coração e, assim, nada novo pode entrar em você. A existência é que carrega você, e você está tentando carregá-la... está querendo inverter a ordem das coisas. Vai sofrer, portanto, pois ela é algo muito maior do que você: por isto ela o está carregando nela. Querer inverter a ordem das coisas, sem pagar um preço por isto, é querer demais. Mas é apenas uma questão de escolha. Permita o acontecimento das coisas. Você não precisa se preocupar com o que vai acontecer quando você abandoná-la, quando você jogar tudo para o alto. Você não precisa se preocupar quem vai segurá-la para você, depois que tiver largado dela. O dono dela fará isso -- seja lá quem for ele.
Se você é o dono de um objeto muito importante para você, e este objeto está com um conhecido seu, então ele estará carregando para você. Mas seu conhecido também é tão importante para você quanto o seu objeto que ele está carregando. Será que você irá lá, sem-mais-nem-menos, e simplesmente tomará o objeto de volta para você? Ambos são muito importantes para você... você não poderá interferir. Mas, no momento em que seu conhecido decide largar o objeto e o joga para o alto... quem irá pegá-lo, agora, a não ser você, o dono? Você o pegará de volta, com certeza. Você é o dono!
E assim acontece quando se decide/escolhe jogar o fardo de querer carregar a existência para o alto. O dono dela vai pegá-la... e vai carregá-la consigo. Então não há nada com o que se preocupar.
Querer estar no controle das coisas é o fardo que todo mundo está carregando. Isto não significa que, quando você deixar a vida prosseguir sozinha, agirá como um animal irracional ou fará coisas sem sentido. A questão toda consiste em observar a vida com consciência e isso também pode ser feito enquanto você toma decisões, enquanto você raciocina. Não é que você será jogado nas mãos do destino, pois você permanecerá fazendo as escolhas que sempre fez -- a vida é feita de escolhas. O fato é que, quando você conseguir realmente realizar a entrega, até mesmo nas questões que você decidir, a visão de que tudo anda sozinho estará presente. Você será um observador em se tratando de qualquer coisa. Assim, toda a questão aponta para este "algo" Transcendental.
Não é preciso ter medo. Páre de arranjar desculpas para ter medo. A mente humana é esperta e é fácil conseguir arranjar desculpas para justificar o medo de abandonar o suposto poder, que ela acha que tem. É preciso confiança... é preciso coragem. A coragem é necessária para fazer a entrega; e a confiança também é necessária na entrega, para confiar que o dono da vida passará a carregar e cuidar das coisas que você tinha tanto medo de abandonar. Coragem e confiança devem andar juntas.
Assim, pare de se preocupar com as coisas. A existência segue sozinha. Não tente carregá-la. Não seja tão egoísta; pare de confiar somente em si mesmo, e em mais ninguém. Isso é doentio; isso é uma neurose; isso faz você e os outros sofrerem. "Confiança apenas em si mesmo, e dúvida quanto a tudo o mais" é o próprio conceito de egoísmo/ego.
Por que você a está carregando? Está pensando que será muito peso para Deus, para a existência? Não se preocupe. Tudo está acontecendo. Deixe Deus tomar conta de tudo. Permita que as coisas aconteçam... entregue-se... aceite... e ame! Viva a vida.
Não é preciso ter medo. Páre de arranjar desculpas para ter medo. A mente humana é esperta e é fácil conseguir arranjar desculpas para justificar o medo de abandonar o suposto poder, que ela acha que tem. É preciso confiança... é preciso coragem. A coragem é necessária para fazer a entrega; e a confiança também é necessária na entrega, para confiar que o dono da vida passará a carregar e cuidar das coisas que você tinha tanto medo de abandonar. Coragem e confiança devem andar juntas.
Assim, pare de se preocupar com as coisas. A existência segue sozinha. Não tente carregá-la. Não seja tão egoísta; pare de confiar somente em si mesmo, e em mais ninguém. Isso é doentio; isso é uma neurose; isso faz você e os outros sofrerem. "Confiança apenas em si mesmo, e dúvida quanto a tudo o mais" é o próprio conceito de egoísmo/ego.
Por que você a está carregando? Está pensando que será muito peso para Deus, para a existência? Não se preocupe. Tudo está acontecendo. Deixe Deus tomar conta de tudo. Permita que as coisas aconteçam... entregue-se... aceite... e ame! Viva a vida.
Texto muito bom...
ResponderExcluirViver a vida no momento presente é muito mais do que um "carpe diem" ou do que um "hakuna matata". É principalmente lealdade e responsabilidade para com as ações do cotidiano e do presente, pois sabe-se que é o que se faz no presente que se determina o curso dos acontecimentos vindouros. Viver o presente é ser o próprio senhor do futuro, sem ao menos se preocupar com o futuro em si. Quem vive a vida intensamente, não negligencia nada, muito menos é irresponsável... é algo natural que se cuida amorosamente a cada segundo. O "hakuna matata" e o "carpe diem" são meras consequências espirituais de júbilo daquilo de grandioso que se vê realizado quando nós mesmos deixamos de nos preocupar com o futuro e entregamos o curso da vida ao dono da vida.
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Gugu,
ResponderExcluirVocê colcou um trecho dos Upanishads que diz que a vida é como caminhar no fio da navalha.
Já leu O Fio da Navalha de Somerset Maugham ? Tem o filme, mas não chega aos pés do livro.
Maugham foi um dos primeiros escritores britânicos de peso a se aventurar por aquelas bandas.
O livro é uma obra-prima, acho que vai te prender até a última página.
Datalhes: http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Somerset_Maugham
Abraço, amigo.
8))))))))))))))