sábado, dezembro 29, 2018

O renascimento do Eterno

- Núcleo -


Divinos personagens,

Está escrito: “Eu Sou o que Vive; estive morto, mas eis que estou vivo por toda a eternidade! E possuo as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1:18)

Poderia se indagar: Como é possível ao que é Eterno ter estado morto? Ou como é possível ao Eterno nascer novamente?

Do ponto de vista da percepção mental, que é dual, parecem fazer sentido estas indagações. Mas o ponto a ser notado aqui é precisamente este: a mente é quem faz estas indagações e é também quem vê sentido nestas indagações!

Do ponto de vista da percepção consciencial, que é unitária, estas indagações não fazem sentido.

Assim, a interpretação que se deve dar a esta revelação divina é esta: "Eu Sou o que Vive (conforme a percepção mental); estive morto, mas eis que (conforme a percepção consciencial) estou vivo por toda a eternidade! E possuo as chaves da morte e do inferno."

Outro ponto a ser notado aqui é que “morte e inferno” pertencem à Representação (mundo dos personagens) e não à Realidade Divina (universo do Ser Real). Aqui a Consciência do Ser está revelando que tem as chaves da representação! O Ser Real está plenamente consciente de que a representação é uma representação. Já a mente do personagem toma como real o que é uma representação. E é isso que torna possível a representação divina ser encenada com tamanho realismo!

Assim, o Ser que é Real, que É Quem É, e que se revela como Eu Sou, está revelando que É o que Vive! E que está Vivo por toda a eternidade!

Ao dizer que “estive morto”, o Ser revela que assumiu um personagem na representação que “morreu”, mas que Ele está Vivo por toda a eternidade! E revela ainda que aquele que morreu na representação tem as chaves da morte e do inferno. Aquele que morreu na representação é chamado em algumas passagens bíblicas de Cordeiro de Deus, por ser o personagem no qual Deus se ofereceu em sacrifício para revelar que a vida verdadeira é a Vida de Deus, que é Eterna. E o divino personagem Jesus Cristo que foi enviado pelo Pai disse: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas Eu vos tenho chamado amigos, pois tudo o que ouvi de meu Pai Eu compartilhei convosco.”

E tendo compartilhado tudo o que ouviu, de Jesus foi revelado ainda que “a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

E conhecer Jesus é perceber que é ele Quem revela: Eu Sou o que Vive; estive morto, mas eis que estou vivo por toda a eternidade! E possuo as chaves da morte e do inferno.

E conhecer Jesus é renascer por saber que Ele é o Eterno que Vive EM nós e que sendo a Verdade tem as chaves da libertação tanto da morte quanto do inferno em que vivem os que estão imersos na representação!

Seja amigo de Cristo, ouça Suas palavras e compartilhe o que dele ouviu, tal como Ele divinamente o fez!

Transcenda os limites das ilusórias indagações mentais; e eleve-se do simples acreditar em um Cristo distante e separado de você à verdadeira fé que te faz perceber que o real Cristo está vivo Em você pela eternidade! Enfim, perceba e promova o “renascimento do Eterno” que Vive em você!

Pelo natal, e pelo novo ano que se aproxima, meus votos de um feliz “renascimento do Eterno” em você!





terça-feira, dezembro 25, 2018

Uma Reflexão sobre o Natal

 - Núcleo - 


No sentido material comemora-se em 25 de dezembro o Natal, o nascimento de Jesus, o Filho de Deus. Jesus veio ao mundo para dar testemunho da Verdade. E no sentido espiritual Verdade é “Aquilo que É”. Aquilo que É significa que sempre É; É sempre o mesmo atemporalmente, de forma permanente. Nesse sentido apenas Deus é a Verdade, a única Realidade, “Aquilo que É” e sempre É, tudo mais é impermanência.

Da consciência de que Deus é a única Realidade Jesus declarou: "Eu Sou a Verdade". Declarou também: "Quem vê a mim vê Aquele que me enviou" e, "Eu e o Pai somos Um". Essas declarações contém em si o significado espiritual do Natal. O sentido espiritual de Natal é o de nascimento; nascimento do Cristo, o Filho de Deus, em nós. Por isso revelou Jesus a Nicodemos: “Aquilo que é nascido da carne é carne, e aquilo que é nascido do Espírito é Espírito. Por isso importa ao homem nascer de novo”. Esse novo nascimento em Cristo, essa conscientização da Presença do Filho de Deus em nós, esse nascimento ou renascimento espiritual é o significado espiritual do Natal.

A chave que possibilita a apreensão desse sentido espiritual do Natal como nascimento espiritual do Cristo em nós é a conscientização de que as declarações de Jesus sobre Quem Ele É são na Verdade Percepções! São Percepções de que Deus é a Verdade, a única Realidade, e sendo assim, de que o verdadeiro nascimento é o nascimento espiritual. Por isso Jesus enfatizou que “importa ao homem nascer de novo”, não no sentido material, não da carne, mas do Espírito.

É essencial estarmos atentos ao fato de que em cada uma daquelas declarações que revelam sua Consciência ou Percepção sobre sua natureza espiritual, Jesus está compartilhando Percepções da Verdade! Essas Percepções são em si a própria Verdade se expressando através de Jesus e como Jesus! Com essa consciência de total identificação com a Verdade Jesus compartilhou a Percepção: “Eu e o Pai somos Um”. Por sua total identificação com essa Realidade Única, através de seus ensinamentos e declarações Jesus compartilha as Percepções do que é a Verdade. Por serem expressões da Verdade, essas “Percepções” tem validade impessoal e atemporal. 

O advento de Jesus, sua vida e seus ensinamentos, nos possibilitam esse renascimento espiritual. Assim, podemos comemorar o natal não apenas do ponto de vista material, pelo nascimento de Jesus. Podemos comemorar principalmente o fato de que Jesus compartilhou suas Percepções de Filho de Deus, possibilitando a todos a conscientização de que sendo Deus a Verdade, a Realidade única, não há senão aquilo que nasce da Verdade! 

Sendo assim, a cada um de nós nos importa esse nascimento espiritual, esse renascimento ou conscientização da Verdade expressa pela Percepção compartilhada por Jesus de que “Deus disse: "Sois deuses, sois todos Filhos do Altíssimo.”

A todos um Feliz Natal!

domingo, dezembro 23, 2018

O significado espiritual do Natal


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Em 25 de dezembro se comemora em todo o mundo o nascimento de Jesus.

Mas, então, surge uma questão... Qual Jesus?

- Aquele de quem disseram: "Ainda não tens cinquenta anos e dizes que viu nosso pai Abraão?", ou aquele que disse: "Antes que Abraão existisse Eu Sou"? [Jo 8:58]

- Aquele que disse: "Eu Sou o pão que desceu do céu"? Ou aquele de quem disseram: "Este não é Jesus, o filho de José? Nós conhecemos o pai e a mãe dele. Então, como é que ele diz que desceu do céu?" [Jo 6:41]

Não há dúvida de que no natal se comemora o nascimento de Jesus, por sua condição de Filho de Deus, que fez muitas declarações que estavam acima da compreensão da maioria daqueles de seu tempo.

Ainda hoje é assim!

Muitos ainda seguem o Jesus, Filho de José... embora ele mesmo tenha declarado que, em verdade, Ele é aquele que desceu do céu!  

Muitos ainda seguem o Jesus, que não chegou a ter cinquenta anos... embora ele mesmo tenha revelado ser aquele a quem Deus amou antes que houvesse mundo. [Jo 17:24].

Vejamos o testemunho de João Batista, um profeta que sabia interpretar os sinais do céu, e que conheceu pessoalmente a Jesus: "Vi o Espírito descer do céu como uma pomba e parar sobre ele. Eu não sabia quem ele era, mas Deus, que me mandou batizar com água, me disse: 'Você vai ver o Espírito descer e parar sobre um homem. Esse é quem batiza com o Espírito Santo.' E eu de fato vi isso e por esta razão tenho declarado que ele é o Filho de Deus." [Jo 1:32]

Agora que identificamos a qual Jesus estamos nos referindo – o Filho de Deus, em quem Deus Se compraz –, vejamos o que o próprio Jesus disse sobre o "nascimento", já que no natal é comemorado o Seu nascimento...   

Jesus disse a Nicodemos: "A pessoa nasce fisicamente de pais humanos, mas nasce espiritualmente do Espírito de Deus." E completou: "Por isso não se admirem de Eu dizer que todos vocês precisam nascer de novo."  [Jo 3:6-7]

Eis aqui o núcleo dessa reflexão sobre o natal: Identificamos o "Jesus" e também o "nascimento" ao qual estamos nos referindo!

Estamos nos referindo ao Jesus eterno, atemporal, o Filho de Deus que nos advertiu que todos nós temos que "nascer espiritualmente"!

Esse nascimento espiritual nos fará cogitar das coisas de Deus, porque, como está escrito na Bíblia, em Romanos 8:5, "os que vivem como a natureza humana têm as suas mentes controladas por ela. Mas os que vivem como o Espírito de Deus têm suas mentes controladas pelo Espírito. Ter a mente controlada pela natureza humana produz morte; mas ter a mente controlada pelo Espírito produz vida e paz".

Então esse é o verdadeiro "natal" que devemos comemorar: O do "nascimento" do Espírito de Deus em nós, que nos faz pender para as coisas de Deus, que nos dá Vida e Paz! O "nascimento" que nos leva a viver em Unidade com o Filho de Deus, que assim orou a Deus: "Eu estou neles, e tu estás em mim, para que eles sejam completamente unidos, a fim de que o mundo creia que me enviaste e que os amas como também me ama." [Jo 17:23]     

Notem que revelação: "... e que os amas como também me ama."

Assim, por essa oração percebemos que "viver em Unidade com o Filho de Deus" nos torna conscientes do Amor de Deus por nós!  

Enfim, a "reflexão sobre o natal" nos levou a essa mensagem do eterno Amor de Deus por nós, através da oração de Seu Filho amado, que é Aquele que verdadeiramente "desceu do céu e fez nascer em nós o Espírito de Deus", e por isso comemoramos!

Com essa mensagem de Amor universal, desejo a todos um Feliz Natal!



quinta-feira, dezembro 20, 2018

Natal


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Uma mensagem de Natal deve ser uma mensagem de paz, em que nossos pensamentos se voltam do conceito de paz que o mundo busca, para a realização da verdadeira paz, “a Minha paz”, que vem assim que os homens se encontram prontos a recebê-la.

O mundo busca uma paz que jamais pode ser encontrada enquanto o senso de paz estiver baseado na cessação de guerra. Esta paz, ainda quando esteja realizada, é temporária, pois está baseada somente em conferências e relacionamentos entre homens e nações. A verdadeira paz é consumada, exclusivamente, quando nos despimos da armadura da carne, no momento em que deixamos de erguer a espada em defesa dos temores e ódios do mundo e cessamos de guerrear com as condições terrenas.

A paz duradoura reina somente quando os relacionamentos entre os homens estão alicerçados na conexão de cada um com Deus. A paz é realizada quando nos encontramos unidos com nossos companheiros através da experiência da vivência de Deus. A paz é alcançada quando contemplamos antes o Filho de Deus governando nossa vida e, em seguida, também a de nosso irmão.

O mundo está procurando a paz “lá fora”, mas ela deve ser encontrada dentro do nosso próprio ser individual, na medida em que hospedamos o Príncipe da Paz. Portanto, deixemos de procurar a paz que “o mundo está buscando” e empenhemo-nos em encontrar “A paz de Deus que ultrapassa todo entendimento humano”. “A Minha Paz vos deixo, a Minha Paz vos dou: não como o mundo vos dá. Que não se turvem vossos corações e nem se receiem”. (Ler Isaías 42: 1-9, em seguida, Isaías 61-62: 1-4 e 62: 12).

As advertências e as promessas do Velho Testamento são muitas vezes mal interpretadas como se fossem dirigidas a algum homem em particular ou a uma determinada raça. Os amigos Hebreus consideravam-se filhos de Deus distintos e favorecidos por Ele; tal má interpretação levou à adoração de certas pessoas chamadas de salvadores, como se fossem, por si mesmas, o Cristo. Isto gerou o sectarismo em determinadas religiões, com limitadas diferenças e inimizades.

Deus não ungiu especificamente um homem ou um povo: Deus tem ungido o Seu Bem-amado, o Cristo. O Cristo é uma entidade espiritual, um impulso espiritual – Um espírito que está no homem. É Ele que, em nós, é abençoado, ungido e sustentado pelo Pai.

Ocasionalmente, este divino Impulso Espiritual - o Cristo -, se manifesta de uma forma mais pronunciada num indivíduo aqui, noutro acolá; porém, Ele existe na consciência de cada um na face do globo terrestre. Chega um período específico na vida de cada indivíduo no qual ele recebe a anunciação espiritual, e então o Cristo é concebido, nutrido e desenvolvido. Num dia de Natal, o Cristo nasce; em outras palavras, a presença do Cristo é realizada dentro do nosso ser.

O nascimento de Cristo não ocorre cronologicamente no dia 25 de dezembro nem em lugares de terras santas, mas ocorre, sim, na consciência elevada do indivíduo. Este estado de consciência elevado é a Cidade Santa – a cidade cuja busca foi esquecida, o lugar de nascimento e o lugar onde habita o Cristo. Onde quer que o Espírito de Deus apareça na consciência humana, todas as bênçãos e profecias em relação aos ricos frutos do Cristo se evidenciam.

Na luz do Cristo o cenário humano se revela como algo fantástico. É somente depois da realização do Cristo em consciência que o sentido profundo da verdadeira humildade é compreendido. Antes desse acontecimento, sempre haverá um sentido pessoal do ego; mas, com o nascimento do Cristo, todo sentido de exibição pessoal, todo desejo de algo ou de alguém e toda a espécie de ambição humana são perdidos. A partir desse ponto de transição em consciência, onde havia necessidades, desejos pessoais ou uma vida incompleta, passa-se a não mais ter uma vida própria para ser plenificada com seus apegos e suas necessidades de êxitos e sucessos. Neste estado de consciência não existe nem mais um senso de necessidade de Deus, porque há a realização de se contemplar Deus agindo através de si. Esta atividade nunca é para benefício pessoal, mas se torna uma bênção para aqueles que ainda não experienciaram a concepção e o nascimento de Cristo dentro do seu próprio ser e, portanto, não realizaram a natureza universal de Cristo.

Elias revelou a natureza do Cristo como sendo a “pequenina e silenciosa voz” que está dentro e ao alcance de cada indivíduo que se torna receptivo a ouvir; Daniel revelou o Cristo como uma “pedra cortada da montanha sem mãos”. Nas palavras de Isaías (42; 2-4): “Não chamará, não se exaltará, nem fará ouvir sua voz na praça. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; em verdade, produzirá o juízo”. Quando Cristo Jesus falava daqueles que “tinham olhos, mas não viam”, referia-se a uma capacidade interna que contempla aquilo que jamais os olhos humanos seriam capazes de captar.

A natureza do Cristo é uma atividade espiritual, totalmente sem cumprimento físico, e mesmo assim suficiente para destruir os quatro reinos temporais. As palavras e os pensamentos de Elias, de Daniel, Isaías e outros grandes personagens bíblicos transitam no meu ser e se unem na revelação de uma Essência espiritual única, de uma Presença e de um Poder. Mesclados com estes pensamentos estão também os das crianças que vêm ao mundo com deficiências. Estas crianças, com seus clamores, indagam: “por que isto?, por que eu?, por que comigo?”, e suas vozes penetram a consciência da Terra, e esta não tem resposta aos seus problemas e às suas necessidades de cura. Um clamor semelhante se faz dos povos do mundo inteiro, ansiosos por uma cessação de guerras e esperançosos de uma paz mundial, e a Terra também não tem resposta para eles.

Mas há uma resposta! A resposta é o Cristo! Cristo é a influência espiritual dentro de você, de mim e de todas as almas e corações abertos para a anunciação, para a experiência da concepção e nascimento do Cristo. O Espírito do Senhor Deus Todo-poderoso está sobre o Cristo do seu ser individual e esta suave Presença é manifestada, não pela força e nem pelo poder, mas sim pela unção do próprio Espírito.

É este Cristo a resposta à paz mundial, assim como também é a resposta a todos aqueles pequeninos que clamam por suas heranças divinas de saúde, harmonia e plenitude.

A maior missão do Cristo é curar o mundo, portanto, se torna necessário, para aqueles que sentiram o toque do Cristo para servir, abrir caminho para a atividade do Cristo, que é permear a consciência humana com o conhecimento e o amor do Cristo. A prece é o canal ativo em nossa consciência, que traz a Presença e o Poder de Deus aos afazeres humanos.

Eventualmente você poderá receber pedidos para uma ajuda específica; e, para estar preparado, é preciso aprender a manter a comunhão com o Príncipe da Paz, com nenhum outro propósito a não ser o da própria comunhão com Ele. Você deve reservar períodos todos os dias para a meditação e nesses momentos se isentar de qualquer preocupação com os problemas relacionados com sua própria vida. Sua única razão para meditar deve ser experienciar em consciência a comunhão com Deus.

Nesta comunhão, a atividade de Cristo em você se torna o agente curador por todos aqueles que lhe solicitem ajuda.

Pensem acerca da consciência curadora que pode ser implementada no mundo, quando cada estudante da verdade se conscientizar, em primeiro lugar, que “o único filho bem-amado, que está no âmago do Pai”, é o Cristo do seu ser individual.

Tudo que o Pai tem, está derramado sobre esta Centelha divina, vital, eterna e imortal, e o lugar onde Ele habita é dentro de você, em sua consciência!

Lembre-se sempre de que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles”.

A atividade amorosa do Cristo, em você, é suficiente para derrubar os reinos temporais. Mas, uma coisa é exigida: cada Cristo deve ter o seu Jesus. A criança espiritual deve ter o Seu representante na Terra, e Ela deve ser liberada ao mundo através da conscientização daquelas pessoas que chegaram a realizar o Cristo em si mesmas.

É nossa função recolhermo-nos, diariamente, sem nunca falhar, com o propósito de receber o Príncipe da Paz e, dessa forma, criar-Lhe a possibilidade de atuar em nossos negócios e relacionamentos humanos.

Não é necessário dirigi-Lo ou esclarecê-Lo; a nossa parte consiste em esperar, silenciosamente, sem esforço e sem poder, e deixá-Lo ocupar nossa consciência! Você pode vislumbrar o que acontece quando o Cristo realmente realizado começa a tocar a consciência de todas as pessoas na Terra, removendo delas as causas e os efeitos do erro humano? O Cristo, ao nos tocar a consciência, liberta-nos dos ódios e dos medos do mundo, abençoando assim inúmeras pessoas.

A prece feita dessa forma nos abre à visitação e à comunhão com o Príncipe da Paz, fazendo de nossa consciência a Cidade Santa, onde o Cristo habita, e através da qual Ele acha o caminho de entrada em todas as consciências humanas.

Enquanto a videira recebe a sua substância pelo Pai, cada galho está sendo alimentado. O Santo de Israel, o Espírito de Deus no homem, o Cristo, está sempre presente, porém, disponível somente na medida em que nos abrimos para recebê-Lo, deixando-O em nós habitar. Nosso único propósito, ao entrarmos em comunhão com o Cristo, é o de Lhe propiciar uma entrada ao mundo, para que possam ser demolidas as crenças humanas cristalizadas e ser estabelecido o Reino de Deus sobre a Terra.

Saibamos que não nos cabe um trabalho pessoal, temos somente que nos aquietar e “deixar fluir”. No verdadeiro sentido da humildade, não há um “eu” dirigindo esta atividade; ao contrario, há um sentimento profundo de paz e quietude, onde nos tornamos exclusivamente desejosos de deixar o Cristo se encarregar dos negócios do Pai.

Nunca você ou eu poderemos nos ocupar dos negócios do Pai – somente o Cristo pode executar as funções de Deus sobre a Terra, estabelecendo Seu reino nos corações de todos aqueles que são receptivos e responsivos à Sua presença curadora.

E assim, no dia de Natal, façamos votos de boa sorte ao Príncipe da Paz em Sua jornada de amor nas consciências humanas, de modo que cada indivíduo que tenha seu pensamento e mente, Espírito e Alma, abertos à concepção e nascimento de Cristo, possa conhecer essa Presença amorosa capaz de lançar a paz na Terra e a boa vontade entre os homens.