sexta-feira, março 30, 2012

Contemple: "Se Deus está onde você está..."


Lillian DeWaters


Se Deus está onde você está, então todo bem está onde você está: saúde, harmonia, atividade.

Se Deus está onde você está, então os pensamentos certos e verdadeiros estão onde você está: receptividade, poder, destemor.

Se Deus está onde você está, então paz e compreensão estão onde você está: felicidade, bem-aventurança, segurança.

Se Deus está onde você está, então a indivisibilidade está onde você está: unicidade, totalidade, a Eu-Sou-Identidade.

Se Deus está onde você está, então nada que se oponha a Ele está onde você está! Nada contrário a Ele está onde você está! Nada dessemelhante dEle está onde você está!




terça-feira, março 27, 2012

Somente Deus


Lillian DeWaters


DEUS é o EU, e o EU é DEUS. Inexistem quaisquer “ele”, “ela” ou “mim”, ou quaisquer Maria, João, animal, pássaro, floresta, água, etc. Existe o EU somente, o EU que é TUDO que existe, “EU” sou DEUS somente; não “eu” João ou João “eu”, mas sim EU, EU!

Não há nenhum EU como Maria, João ou “você”. Ele é EU, DEUS; Deus, Eu, EU, ESPÍRITO, EU, EU, sem nascimento, sem criação, idade, tempo ou fim. EU, sem matéria, mortalidade, personalidade, ego. EU, sem pecado; EU, sem mudança; EU, sem problema, doença, sofrimento, morte. “Eu sou o Eterno, o Deus verdadeiro; este é o Meu Nome; a ninguém darei a minha glória” (Isaías 42: 8).

Respondamos à pergunta: “Pode haver um Deus e muitos de nós?” Sabemos que existe um só Deus; contudo, vemos muitos de nós. Uma ilustração irá aclarar o assunto. Consideremos a árvore e suas folhas. Na Mente podemos ver uma árvore com muitas folhas. Sabemos que esta árvore na Mente é uma IDEIA, que é imaterial e incorpórea. Consideremos a seguinte questão: Que relação há entre as folhas da árvore e a própria árvore? Em geral, a primeira resposta seria que a folha é parte da árvore, ou que a folha é uma com a árvore. As duas respostas não são válidas, pois, IDEIAS DA MENTE NÃO PODEM SER SEPARADAS EM PARTES. Como a árvore INCLUI as folhas, a resposta bem que poderia ser esta: A FOLHA É A ÁRVORE.

Contudo, é possível expandir nossa visão além mesmo desta resposta, tal como veremos a seguir. Você pode ter acreditado que o maior não pode ser posto no menor. Por certo, esta declaração não pode ser feita a partir da base espiritual ou da Consciência cósmica, que se baseia unicamente na Verdade – pois aqui, não há tamanho nem peso, nem espaço nem medida. Podemos manter a ideia “floresta” com a mesma facilidade com que o fizemos com a idéia “árvore”. A Mente, ou Espírito, conhece seu Mundo como idéias e formas espirituais. Nenhum outro mundo externo, físico ou material, existe. Lembre-se: Espírito é Tudo; logo, Tudo é Espírito. Volte sua atenção à ilustração da árvore, e expanda sua visão para perceber que na mente inexiste algo que seja maior ou menor. Tudo é imensurável e inseparável. Como a árvore não está em partes, mas em seu todo, então o global da árvore é a “árvore” em toda a sua extensão. A plena percepção desse fato deverá inspirá-lo agora a perceber: A ÁRVORE É A FOLHA.

A Consciência cósmica é a nota dominante da atualidade! Nesta Consciência percebemos que a Vida, a Existência, é um INTEIRO SEM PARTES; e que o Ser único é o MESMO em toda parte, por toda a Sua Infinitude. Quando o nosso amor pela Realidade se aprofunda, e a Revelação maior nos é dada, nossa visão e compreensão se mostram idênticas.

Previamente, a Revelação nos trouxe o surpreendente fato de que Eu-Maria, ou Eu-João, sou a Mente única, o único Ser ou Espírito, Deus. Agora, à Luz da nova revelação – QUE DEUS É UM INTEIRO, EM TODA PARTE E EXTENSÃO – a Iluminação gloriosa deverá ser a de que DEUS, A ÚNICA MENTE E SER, É QUE É Eu-Maria, Eu-João; você, eu, todos nós.

A plenitude e a totalidade de Deus estão em você, em mim e em todos, pois, a plenitude e a Totalidade de Deus são, em toda parte, O MESMO UM. Somos o UM pelo fato de O UM ESTAR EM NÓS; esta percepção desfaz por completo a crença em “muitos eus”, “muitas mentes”, “muitos indivíduos” e “muitos de nós”. Deus – como um INTEIRO – é infinita individualidade.

A variação e distinção da beleza, cor e forma estão no Um-Total, que é aqui, ali e em qualquer lugar, O MESMO UM. Ele é quem sou, quem você é, e quem todos são, sem pecado, sem mudança – PURO, PERFEITO, COMPLETO.


domingo, março 25, 2012

O Ser subjacente às formas


Dárcio Dezolt


Sem nenhum esforço, a Vida divina vive sendo a “sua” Vida, e devido a isto, cabe-lhe tão somente “contemplar” este Fato eterno. O Cristo é sua Vida, e quanto mais você reconhecer esta Verdade, mais estará irradiando sua Luz.

A convicção da humanidade é a de que somos seres humanos, sujeitos às crenças materiais que hipnoticamente geram sensações falsas que se fazem passar por realidades. Mary Baker Eddy disse o seguinte: “As crenças materiais têm que ser expulsas para dar lugar à compreensão espiritual. Não podemos servir, ao mesmo tempo, a Deus e às riquezas; mas não é isso o que os frágeis mortais tentam fazer? Paulo diz: "A carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne”. Quem está preparado para admitir isso?”

A questão está em não se admitir que somos Espírito e matéria, uma vez que Deus é Espírito e Deus é o Ser que somos. As “aparências” são meros sinais de que há, subjacente a elas, a Verdade eterna chamada “Homem”; entretanto, as imagens transitórias nada têm a ver com o Ser que somos, assim como a sombra de um objeto nada tem a ver com o objeto subjacente a ela e que supostamente lhe deu origem.

Se virmos um bicho da seda, saberemos que, subjacente à sua “aparência”, está a Vida, “Algo” que essencialmente constitui aquele ser; tempos depois, se virmos uma borboleta, saberemos que a “aparência” de bicho da seda foi alterada para “aparência” de borboleta. Qual das “aparências” retrata melhor o ser da Essência? Nenhuma! Aparências são aparências, e somente denotam a presença de “Algo”, invisível aos sentidos humanos, e este “Algo” é a Vida, o Cristo, a Identidade eterna de todos nós.

Assim como a Vida subjacente ao bicho da seda e também à borboleta em nada se assemelha com as "aparências" referentes àquele ser, também as "aparências humanas" nada têm a ver com o Corpo de Luz que somos! Este “Corpo eterno” é a Realidade subjacente às formações mentais ilusórias, e é Deus mesmo manifesto como Forma: eternamente luminoso, perfeito e perene.


sexta-feira, março 23, 2012

O Princípio da Individualidade




A Verdade do ensinamento Absoluto é que: Deus é tudo! E Deus é o único Criador. O Universo de Deus está pronto. Tudo o que foi criado por Deus é Deus! Porque não há, em absoluto, separação alguma entre Deus e Sua criação ou entre Deus e o homem. A única diferença que há entre Deus e o homem é a seguinte: o homem é a manifestação de Deus individualizada, enquanto Deus - a Consciência - é a imagem do próprio Ser infinito.

Cada ser existente é uma expressão distinta, genuína e autêntica do Divino. O Todo é infinito e gosta de Se manifestar de maneiras distintas/individuais. E, mesmo ao Se manifestar distinta ou individualizadamente, não perde a qualidade de ser infinito. Em qualquer situação, o Infinito continua sendo o Infinito.

Há uma importante frase no Caminho Infinito e que Joel Goldsmith diz ser um dos maiores e mais básicos princípios do ensinamento: "Deus se manifesta como o Ser individual". Essa declaração expressa o que Deus é: um Ser individual e ao mesmo tempo universal.

No ensinamento cristão, Deus enquanto Ser Universal é designado como "Pai". Ao passo que, enquanto Ser Individual, Deus é chamado de "Filho". A individualização de cada Ser (a sua e a minha) existe em Deus, e cada individualidade é UNA com o Deus-Universal-Infinito. Em outras palavras: o Pai e o Filho são UM. Esse princípio absoluto, que diz "ser a individualidade UNA com o Pai", assegura o fato de que cada individualidade é una com todas as outras individualidades existentes, e pelas quais o Pai Se expressa. E cada individualidade, por ser una com Deus, é infinita e suficiente em si mesma. Cada individualidade é o próprio Deus.

Para conhecer a Totalidade, você deve primeiramente conhecer a "parte", que não é "parte" em absoluto, mas é a própria Totalidade. Conheça a "parte", e você terá conhecido a Totalidade. Conheça o seu Ser Individual, e você terá conhecido o Ser Universal. Conheça o Filho, e você também terá conhecido o Pai. Jesus, que sabia ser o Filho de Deus, nos confirmou isso, dizendo: "Ninguém vai ao Pai senão por Mim.". Este "Mim" é o Filho de Deus. Por isso, cada homem e mulher deverá entrar em contato com o Cristo do seu próprio ser. Se o ser humano não entrar em contato profundo com o próprio Ser Individual que ele constitui, não conhecerá o esplendor infinito e divino que já existe dentro de si, ou seja, não poderá conhecer Deus. Esse é o significado de "voltar-se para dentro": contatar a própria individualidade e constatar o quão vasta ela é, o quão Infinita ela é. A individualidade é o Todo-Universal.

Nenhum ser humano consegue conhecer Deus tentando buscá-Lo exteriormente em "algo" ou "alguém". Não busque ser como Buda ou Jesus; ao invés disto, perceba o seu Ser Individual (o Cristo, o Filho de Deus em você), e permita que Ele Se revele e Se expresse, e seja você mesmo. Foi por isso que Jesus incentivou que todos buscassem o Reino de Deus dentro deles próprios, dizendo: "Se eu não me for, o Consolador não virá até vós". Se Jesus não tivesse ido, as pessoas ficariam dependendo da figura externa do "mestre" que viam em Jesus, e jamais entrariam em contato profundo com suas próprias individualidades-Filhos-de-Deus enquanto não eliminassem a dependência de algo ou alguém exterior.

Deus quer se manifestar como o Ser individual que (eu e você) somos. E cada ser individual será o Divino Se expressando. É necessário buscar, despertar para a própria individualidade, e cultivá-la até que floresça completamente. E, uma vez florescida, a própria individualidade divina que somos (o Cristo, o Filho de Deus) cuidará de Se expressar, Se revelar e Se manifestar de maneira genuína e autêntica a cada um de nós. Será diferente para cada um. Por isso, de nada adiantará alguém tentar se valer de figuras externas para alcançar em si "Aquilo" que somente dentro de si pode ser alcançado. Deus sabe como fazer as coisas. O melhor caminho a ser trilhado é o "Caminho-de-cada-um".

Masaharu Taniguchi disse:

A Grande Vida Universal alojou-se em seu ser e tornou-se "você". Portanto, "você" é um ser "individual" e, ao mesmo tempo, "universal". Na verdade, você é uma existência autossuficiente que nada precisa buscar em "outras partes". Ao mesmo tempo que você se apresenta como "parte", você é o "todo", e dentro do "todo" já se alojam todas as coisas. Por isso, se compreender esta Verdade, não terá mais necessidades de buscar coisa alguma em outros lugares. O "todo" possui todas as coisas dentro de si, encerra o infinito dentro de si. Portanto, somente quando "der" é que você sentirá a alegria da Vida dentro de si, pois somente "dando" é que se torna possível a circulação do "infinito" e nasce a alegria de viver. O amor provém de Deus e, como Deus é infinito, o amor é inesgotável.


terça-feira, março 20, 2012

Prece ou paganismo? (Goldsmith)


Joel S. Goldsmith


A que deus pagão oram os cristãos! Em uma terça-feira o povo é convidado a ir à igreja domingo seguinte a fim de agradecer a Deus pelo fim da Guerra Europeia! Por que este agradecimento teria de aguardar o próximo domingo para ser expressado num prédio de igreja é o que não ficou claro. Tal gratidão seria maior ou menor do que a expressada na rua ou na casa de alguém? E por que agradecer a Deus pelo fim da guerra na Europa, enquanto permitiria uma na Ásia? E por que agradecer a Deus somente depois que o inimigo ficasse sem munição? E por que agradecer a Deus somente depois que sete milhões de russos, cinco milhões de judeus e incontáveis milhões de franceses, belgas, escoceses, ingleses e americanos fossem mortos, mutilados, aprisionados e empobrecidos? Onde está o grande crédito por esta realização?

Observemos cuidadosamente em nossos próprios pensamentos e vejamos se não estamos inconscientemente aceitando tais tipos pagãos de crenças sob o disfarce de cristianismo.

As guerras e suas consequências não são parte do Reino de Deus; logo, não existem como realidade. Deus não lhes dá início nem final. Deus não as permite nem as proíbe. Não são parte da Consciência de Deus. A sra. Eddy nos relata que curou um câncer que havia atingido a artéria jugular, quando percebeu claramente que Deus não reconhece doença alguma.

As guerras, de modo igual, não passam de produto de um mesmerismo universal e não podem, portanto, existir como condições reais, mas simplesmente como imagens mentais do pensamento, ou distorções do fato. O fim da guerra virá com o início da conscientização da natureza do erro como mesmerismo, que resulta não em condições, mas em quadros, ou “sonho de Adão”.

É prática pagã buscar um poder deífico para remover aquilo que não tem poder real. É também paganismo orar a Deus para que Ele realize a obra de manter Seu próprio Universo. É uma forma aguda de ignorância agradecer a Deus pelo fim da guerra, depois que meio mundo esteja em ruínas e quarenta milhões de pessoas tenham sido dizimadas ou mutiladas. Se esta condição for real, então não existe Deus algum. Contudo, o sentido espiritual revela: Deus é; portanto, jamais houve um lapso de harmonia e paz eternas. Imortalidade é a Verdade. Assim, nunca ocorreu uma morte sequer em toda história do Universo.

Olhemos além da cena produzida pelo magnetismo animal, ou mesmerismo universal, e descubramos o Universo intacto de Deus, e cada indivíduo a salvo e em paz, na harmonia de Sua Alma.

domingo, março 18, 2012

Persistência não é expectativa


Dárcio Dezolt


Como as miragens captadas pela suposta mente humana nos tentam impressionar de forma hipnótica, quem estuda a Verdade precisa decididamente se firmar unicamente em princípios e jamais em aparências! Algo análogo ao que faz um piloto de avião em vôo noturno, que conta com os instrumentos e não com sentidos humanos, para se direcionar e cumprir seus planos de vôo. A persistência na Verdade é a certeza do Bem permanente, e esta certeza precisa estar firmada nos princípios, e, de uma forma que, sejam quais forem as “miragens” que nos forem surgindo, NENHUMA seja admitida como real!

Quem diz aplicar os princípios da Verdade na “expectativa” de que eles farão surgir a harmonia em algum ponto em sua vida estará, de fato, deixando de praticá-los! A persistência nos princípios não inclui “expectativa de mudança”, pois, se incluísse, a pessoa estaria reconhecendo a ILUSÃO e não a PERFEIÇÃO! A persistência requerida diz respeito à seguinte e radical aceitação: “Seja o que for que a mente humana arrume, em termos de imagens para me iludir, minha atenção está inteira em Deus, na Perfeição, no Bem já presente, permanente, já manifesto!” Dividir a atenção, procurando ver “perfeição” e “imperfeição a ser mudada”, será deixar a “casa dividida”, e, nesse caso, mesmo que você creia estar “aplicando os princípios da Verdade”, estará, na verdade, aceitando a ILUSÃO!

“Despertar de um sonho” não significa você viver uma expectativa de que um pesadelo se torne o melhor dos sonhos! “Despertar do sonho” é você realmente honrar a Deus como a PERFEIÇÃO universalmente evidenciada! Compreender que a PERFEIÇÃO JÁ É! Identifique-se com esta Verdade, e nela permaneça! A “persistência” é neste sentido: “reconhecer o Reino de Deus”, enquanto a suposta “mente humana” lhe apresenta “quadros hipnóticos"! Persista em se separar de todos os seus quadros, sem cair na armadilha de ficar de olho neles, na “expectativa” de que melhorem, se alterem, se harmonizem, etc. A PERFEIÇÃO JÁ ESTÁ PRESENTE! E todos os “quadros na mente” são meramente efeitos hipnóticos! Jamais divida sua atenção com eles! Dizem as Escrituras: “Conservarás em perfeita paz aquele cuja mente estiver estabelecida em Ti”.


Comentário:

Meditando outro dia, o insight que fluiu na meditação foi o de que Deus nada tem a ver com este mundo humano, e que não adianta tentar recorrer ao Espírito de Deus para que Ele melhore alguma condição ou situação neste mundo. É que muitas vezes, embora saibamos que não devemos ir até Deus com tais expectativas (porque lemos isso em livros ou escutamos em palestras), fica ainda no fundo do subconsciente a idéia de que talvez Deus tenha algum “vínculo” com o mundo, e que, devido a este “vínculo”, se conscientizarmos a presença de Deus, isso trará melhorias ao mundo. E a questão central, o ponto essencial a ser notado, é que "este mundo não existe."

O que veio na meditação foi: “Desista de querer melhorar o mundo. Atente-se apenas para Deus, e mais nada. O mundo não pode ser melhorado, por mais que você conscientize Deus”.

O mundo não pode ser melhorado… ao menos não diretamente. Ele será melhorado, mas isso será indiretamente, por intermédio da "consequência natural" das coisas. Quando permanecemos em Deus – somente n’Ele – esquecidos da existência de “mundo humano”, e sem a intenção de melhorá-lo… aí é que ele passa a melhorar. Veio “por acréscimo”. Mas se ficarmos com expectativas de que a nossa vida humana se torne melhor em algum sentido, então estaremos tentando aperfeiçoá-lo pela via direta. E não existe Deus que melhore mundo humano.


quarta-feira, março 14, 2012

Prece funciona!


Allen White


A prece é poderosa; ou melhor, a prece correta é poderosa. Quando tudo mais falhar, somos impelidos a orar. Isto será uma boa atitude, desde que sua prece seja corretamente focalizada. A prece corretamente focada SEMPRE FUNCIONA.

Segundo Cristo Jesus, a prece corretamente focalizada é aquela focalizada no reino de Deus – não a prece que rodeia, rodeia, e sempre gira em torno de um eventual problema à mão. Suas palavras foram: “Buscai primeiro o reino de Deus, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”. Quando você ora para compreender a natureza de Deus, você está orando corretamente. Quando você ora para compreender seu relacionamento com Deus, você está orando corretamente. Quando você ora para compreender onde está, e o que é o reino de Deus, você está orando corretamente.

Leitor, exatamente agora, a sua Consciência está repleta de conhecimento e entendimento do reino. Mesmo em meio ao que aparente ser condição ameaçadora à vida, paz, alegria e prosperidade, quando sua prece se focalizar na percepção de Deus e no conhecimento de Deus, VOCÊ descobrirá que somente o que Deus é, VOCÊ é, e o que Deus não é, VOCÊ não é.

Não, a prece correta não irá curar alguma doença em seu fígado, mas lhe revelará que nunca existiu um fígado necessitado de cura. A prece correta não irá abarrotar sua conta bancária, mas lhe revelará que “tudo que é do Pai é seu" AGORA, porque “você e o Pai são um” – o mesmo Um.


*Comentário:

DEUS É TUDO e, o que aparenta existir ao lado de Deus, é pura ILUSÃO. Devemos sempre ler, praticar e estudar esses ensinamentos e princípios, para que não fiquemos a lidar com “dois poderes” em vez de UM, que é a única Verdade em expressão. A mente humana é a crença mesmérica que faz sempre alusão à infindável luta entre o bem e o mal, por acreditar tanto num como noutro! Porém, crença hipnótica não gera fato! E o FATO é que Deus é TUDO, e é o ÚNICO PODER!

O estudo parte do princípio da Unicidade de Deus, ou seja, sendo TUDO, Deus é a Mente ÚNICA em atividade, exatamente AGORA! Esta Mente, única e, portanto, SUA Mente, está sendo sempre Harmonia onipresente, e é este o Fato real e eterno da Existência. Vimos, no texto acima, escrito por Allen White, que as orações funcionam quando a Verdade é focalizada e todo e qualquer suposto “problema” é desfocalizado! Exemplificando, se você começa seu dia recebendo uma forte “sugestão” de que precisa resolver algum conflito com outra pessoa, caso deixe esta ideia prevalecer àquela que corresponde ao Fato, você terá seu dia iniciado e mantido sob a influência do “mesmerismo”.

Quer dizer que jamais devemos buscar resolver as coisas que vemos erradas? Não! Pelo contrário, justamente por estudarmos a Verdade, devemos sempre estar com a harmonia em foco! Entretanto, antes de qualquer outra coisa, devemos PERCEBER A ONIPRESENÇA DA HARMONIA já “dentro de nós”, pois, é na mente humana que as SUGESTÕES de desarmonias, desavenças e conflitos nos chegam! Se, impensadamente, corrermos em direção ao mundo para “tirar tudo à limpo”, estaremos acreditando “no mundo” e não no REINO DE DEUS!

Este é o conteúdo-chave do artigo “Prece Funciona!”, de Allen White. Portanto, sejam quais forem as aparentes “situações de conflito”, entenda-as rapidamente como sendo “sugestões mentais mesméricas”, faça esta mente ilusória se calar, usando a Ciência Mental, e depois a “Contemplação absoluta”, que é a Mística do estudo, até sentir-se inteiramente harmonioso e em comunhão com Deus. Nesta condição de “paz interior”, você poderá “ir ao mundo” ou “ir às pessoas” para resolver as pendências que possam requerer sua atenção; mas, assim sereno e convicto de que sua Mente é a mesma Mente que está atuante em “todos”, verá que tudo se resolverá harmoniosamente, por ter a ilusão de “duas” mentes sido desmantelada! DEUS É TUDO! A Mente de Deus é ÚNICA! Ela é a SUA, é a MINHA, é a de TODOS! Esta percepção anula a crença em “conflitos pessoais”. Eram todos puramente SUGESTÕES MENTAIS ILUSÓRIAS!
- Dárcio Dezolt


segunda-feira, março 12, 2012

A "inexistência do corpo carnal" mencionada na Sutra de Vimalakirti


Masaharu Taniguchi


(Palestra realizada em 2 de julho de 1936)

"Qual miragem, este corpo é produto do pensamento invertido; qual sonho, este corpor é irreal; qual sombra, este corpo resulta de carma e de meio; este corpo é como virbação e é regido por causas e meios cármicos; qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente: qual relâmpago, este corpo tem breve duração." (Sutra de Vimalakirti ou 'Avalokiteshvara')


Este trecho, extraído da Sutra de Vimalakitri, diz claramente que "qual miragem, este corpo é produto do pensamento invertido; qual sonho, este corpo é irreal". Quando a Seicho-No-Ie prega que "o corpo carnal não existe", certas pessoas criticam, dizendo: "É um absurdo pregar que não existe o corpo carnal, cuja existência estamos vendo com nossos próprios olhos. Tal ensinamento é herético". Entretanto, a Sutra de Vimalakirti diz que "este corpo é produto do pensamento invertido". "Pensamento invertido" significa ilusão. É "ilusão" julgar existente o que não existe e considerar inexistente o que existe. Por isso se diz "pensamento invertido". O corpo carnal não existe, mas as pessoas o vêem como existente - isso é que é pensamento invertido ou ilusão. E é dessa ilusão que surge este corpo. Por isso a referida sutra diz "Qual miragem, este corpo é produto do pensamento invertido", o que corresponde ao que é dito na Seicho-No-Ie: "O corpo carnal não existe". Dizendo com palavras difíceis, como faz a Sutra de Vimalakirti, a mensagem parece algo importante e profundo, mas não cala no fundo de nossa alma. Mas, dizendo com palavras fáceis que "o corpo carnal não existe", como faz a Seicho-No-Ie, as pessoas entendem melhor, libertam-se da ilusão e consequentemente ocorrem curas, havendo até casos em que a doença desaparece instantaneamente.

A frase "Qual sonho, este corpo é irreal" quer dizer que o corpo carnal é como as imagens do sonho, portanto é falsa existência. "Qual sombra, este corpo resulta de carma e de meio" significa que este corpo não é verdadeiro e não tem substância, tal qual sombra, sendo apenas manifestação do carma, que assume forma quando encontra um "meio" propício. Carma é a vibração do acúmulo de nossos atos, palavras e pensamentos do passado. Em outras palavras, constituem carma não só as nossas ações físicas, mas também tudo o que pensamos e expressamos em palavras. Portanto, quando digo que "este corpo é manifestação do carma", estou dizendo que o corpo é manifestação de ondas vibratórias. E esta afirmação coincide com a tese da ciência moderna, segundo a qual todos os fatos e coisas deste mundo fenomênico são formas variadas de manifestação das ondas de éter. Estas, quando encontram um "meio", manifestam-se de determinada forma. Analogamente, o carma também se manifesta assumindo forma somente quando encontra um "meio". Eis a razão por que se diz que "este corpo resulta de carma e de meio".

A ciência moderna, o budismo e a Seicho-No-Ie pregam a mesma Verdade. Tudo que possui forma é transformação de ondas vibratórias, que se solidificam quando encontram um "meio" apropriado. Por exemplo, os raios solares são ondas é só se transformam em luz quando encontram um obstáculo, um "meio". Se não existisse o "meio", não teríamos a luz do Sol, mesmo existindo raios solares. Quando subimos a uma altura de 200 quilômetros, lá encontraremos um espaço em trevas. Já que nos aproximamos mais do Sol, deveríamos encontrar mais luz, mas não é o que acontece. Segundo os cientistas, lá é uma escuridão total porque no vácuo, mesmo havendo ondas de luz provenientes do Sol, não existem "meios" que os reflitam. E, mesmo aqui na Terra, os cegos não vêem a luz do Sol porque, embora as ondas de luz estejam presentes, eles não são dotados de "meio" para transformar essas ondas em luz. Este é um problema relacionado com a visão, mas o mesmo tipo de problema ocorre com a audição, o olfato, a gustação e até com o tato. Sem o "meio", as existências não se tornam concretas.

Poderá alguém pensar que os elementos perceptíveis ao tato (parede, mesa, bola, etc.) existem de modo concreto, independentemente do "meio" chamado tato, mas se enganam. A distância, por exemplo, entre os átomos de uma parede é comparável à distância que separa os astros no Universo. Logo, a matéria não é algo compacto e sólido como parece, e deveria ser extremamente permeável. Se ela nos parece sólida e não podemos atravessá-la, é devido ao "meio" (nosso corpo físico). Se não existisse esse "meio", poderíamos atravessar livremente os corpos considerados sólidos. Tanto é que os raios cósmicos, os raios X e os espíritos atravessam livremente as paredes.

Desta forma, mesmo existindo o carma (vibração mental), ele não se manifesta quando não existe um "meio" adequado. Isso quer dizer que o nosso corpo físico não passa de produto do carma, que está manifestado conforme o "meio" que encontrou, não sendo, portanto, uma existência própria, firme e sólida; nossas ondas mentais é que, tendo encontrado o "meio", estão manifestando tal aparência. Nisto é que consiste o corpo carnal. Referindo-se a isso, a Sutra de Vimalakirti diz: "Este corpo é como vibração e é regido por causas e meios cármicos; qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente; qual relâmpago, este corpo tem breve duração".

É feliz essa comparação do corpo carnal com a vibração. Mesmo que um programa de rádio esteja sendo transmitido por uma emissora, não podemos ouví-lo se não tivermos um rádio (meio). Quando, porém, existe o "meio" chamado radiorreceptor, que capta as ondas de transmissão, estas se manifestam de modo perceptível aos nossos ouvidos. E o nosso corpo carnal é comparável ao som que ouvimos por meio de rádio.

As ondas de rádio tornam-se perceptíveis ao ouvido através do rádio, e as ondas (o carma) invisíveis de televisão tornam-se visíveis através do "meio" chamado televisor. Entretanto, embora o som radiofônico e a imagem televisiva estejam se manifestando respectivamente por meio de rádio e televisor, isso não significa que o locutor ou os atores estejam presentes no rádio ou no televisor. O que neles existe são apenas ondas ou carmas. Esses carmas ou ondas é que, encontrando o "meio" chamado rádio ou televisor, manifestam-se como som ou imagem perceptível aos nossoa sentidos.

Da mesma forma, o nosso corpo carnal também, na verdade não existe. O que existe é apenas o carma, a vibração. Esse carma é que, tendo encontrado um "meio" apropriado, manifestou-se em forma de corpo carnal. Por isso dizemos que "o corpo carnal, na verdade, não existe". Ele é simples resultado de "causa" e "meio", razão por que a referida sutra diz: "este corpo é como vibração e é regido por causas e meios cármicos". Se o nosso corpo se destrói, é porque não é existência verdadeira. Como não é algo firme nem eterno, e sim uma imagem manifestada através de um "meio", é natural que se destrua quando desaparece esse "meio". O corpo carnal não possui forma própria e firme, pois se transfigura quando ocorre alteração no "meio" através do qual está sendo manifestado. A umidade do ar, por exemplo, quando entra em contato com o "meio" chamado temperatura baixa, transforma-se em gotículas de água e assume a forma de nuvem. Se não existisse esse meio, a umidade atmosférica não se tornaria visível. E, mesmo existindo a temperatura baixa, o vapor condensado não tomaria a forma de nuvem, se não existisse outro meio chamado atmosfera. Portanto, quando não existe o "meio", a forma também não existe. Assim também é o nosso corpo carnal. Este não é existência verdadeira. É o carma que, através do "meio", está manifestando essa forma.

Logo, o corpo carnal não é o nosso Eu verdadeiro, sendo comparável a uma nuvem que se dispersa facilmente. Por isso, a Sutra de Vimalakirti diz: "Qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente". O trecho seguinte da mesma sutra, onde se lê "qual relâmpago, este corpo tem breve duração", quer dizer que o nosso corpo carnal, que julgamos existente, é algo efêmero que acaba desaparecendo, pois não passa de imagem manifestada pelas ondas cármics através de um "meio".

É importante compreendermos realmente que o corpo carnal não existe de modo verdadeiro, pois, enquanto pensarmos que o corpo carnal seja uma existência sólida, ficaremos apegado a ele e teremos tristezas e dores. Por exemplo, quando alguém adoece ou morre, teremos de ficar tristes ou sofrer. Na verdade, já que o corpo carnal é passageiro como o relâmpago e jamais existiu de verdade, é natural que acabe desaparecendo. Até o sr. Koozui Ootami, um dos líderes do budismo do Japão, escreveu em seu livro: "A idéia de que a morte seja algo grave e doloroso vem da errônea crença de que existe o eu carnal. O corpo carnal não existe. Logo, não existe nem o nascimento nem a morte". É impressionante que muitos budistas considerem correta uma tese quando eles próprios pregam, mas considerem errada a mesma tese quando pregada por outros.

Olhando distraidamente o nosso corpo carnal, ele parece sempre igual, ontem hoje e amanhã. Porém, estudando-o minuciosamente, compreenderemos que suas células estão sendo substituídas incessantemente, isto é, que o nosso corpo carnal está em constante transformação. E isso já estava escrito na Sutra de Vimalakirti há quase três mil anos, o que atesta a grande sabedoria de Sakyamuni.

Como se vê, a filosofia da "inexistência do corpo carnal" não é nenhuma novidade inventada pela Seicho-No-Ie; a novidade ou a diferença está na forma de expressá-la. Como a nossa forma de expressar possui grande força, a mente das pessoas que lêem a obra A Verdade da Vida atinge diretamente a Essência da Vida, resultando frequentemente na cura de enfermidades. A Verdade pregada pela Seicho-No-Ie é tão antiga quanto o céu e a terra, mas a forma de expressá-la é que é nova e original. Nesse sentido, a Seicho-No-Ie deveria ser considerada arte literária em vez de filosofia ou religião. E eu desejaria ser chamado de literato em vez de religioso. Ninguém precisa se desesperar só porque surgiu uma "religião nova".

Segundo o zen-budismo, a Verdade é algo inexprimível em palavras e transmissível somente de alma para alma através de convivência, mas a Seicho-No-Ie, por meio de exímio emprego de palavras, faz a Verdade penetrar na alma das pessoas, simplificando assim os treinamentos ascéticos para alcançar o despertar espiritual. Até agora, os praticantes do zen alcançavam a Verdade a muito custo, fazendo meditação sob orientação severa do mestre durante anos e anos. Mas, agora, a Verdade, pode ser assimilada apenas pela leitura de livros da Seicho-No-Ie. Nem todos o conseguem facilmente, mas existem muitos que alcançam um grau de despertar equivalente ao alcançado pelo mestre zen-budista Hakuin que, através de seu despertar, curou-se de tuberculose.

Portanto, a Seicho-No-Ie é uma arte literária. Prefiro que ela seja chamada de nova arte em vez de nova religião. Repito que a Seicho-No-Ie não inventou nenhuma Verdade nova. Apenas transmite ensinamentos milenares, mas, como o faz por meio de uma arte verbal eficaz, possui força para vivificar a alma das pessoas. Eis o mistério da obra A Verdade da Vida.


Do livro "A Verdade da Vida, vol. 27"; pp. 121 à 127



quinta-feira, março 08, 2012

O sentido que discerne perfeição

Dárcio Dezolt


Assim como alguém, que tenha na mente a figura perfeita de um quadrado, sente dificuldade para reproduzi-lo com perfeição à mão livre, num bloco de desenho, a mente humana sente a mesma dificuldade para retratar o que verdadeiramente somos na Mente de Deus. Por mais que você tente se ver sendo perfeito, usando esta mente inapta, nunca esta perfeição lhe será visível! O Ser que somos é Deus em forma individual! Jamais a suposta "mente humana" terá capacidade de lhe mostrar sua real identidade eterna!

O importante, no caso, é você ter a certeza de estar sempre em estado de perfeição. Você é um ser criado à "imagem e semelhança" de Deus! Para se ver perfeito, você terá de usar a Mente divina, que assim o mantém! Medite! Descarte a mente que somente capta limitações, imperfeições e coisas mutáveis ou temporais! Volva sua atenção à Mente divina! Em seguida, deixe que esta Mente, espontaneamente, lhe revele sua perfeição!

Tudo o que Deus faz, e o que Deus é, é perfeição absoluta! Não há "obras de Deus" no suposto mundo material! Tire dele toda a atenção, e na certeza de que a perfeição é eternamente a sua Identidade, medite e intua esta perfeição já em evidência! Ouça a Voz de Deus sendo o Filho que VOCÊ É! "Tu és meu Filho amado em quem tenho me comprazido!" Assim se deu com Jesus a revelação direta do Pai sobre ele, que, em vista disso, pôde discernir que "eu e o Pai somos um".

Dê atenção à sua Mente iluminada! Espere dela a revelação de sua perfeição! O Sentido que discerne a perfeição onipresente está em VOCÊ! É o Sentido divino de Autopercepção! Livre-se dos conceitos mentais e humanos e fique atento! O "Céu" se lhe mostrará aberto!


quarta-feira, março 07, 2012

Ciência Cristã


Mary Baker Eddy


A época atual aspira por um Princípio perfeito de todas as coisas; anseia pela perfeição na arte, na invenção e na fabricação. Por que, então, a religião deveria permanecer inalterada e por que não haveríamos de alcançar um cristianismo mais perfeito e mais prático? Nunca é certo atrasar-se nas coisas mais essenciais, procedentes da norma do bem que regula o destino humano. A habilidade humana não faz mais do que prestigiar aquilo que no futuro há de surgir como a sua origem divina. Na proporção em que formos abandonando os sistemas e as teorias materiais, as doutrinas e os dogmas pessoais, para humildemente subirmos à colina da Ciência, alcançaremos o máximo de perfeição em todas as coisas.

O Espírito é onipotente; portanto, um cristianismo mais espiritual será um que terá mais poder, pois aperfeiçoa, através da Ciência, a arte mais importante de todas — a cura.

A cura metafísica, ou Ciência Cristã, é uma exigência da nossa época. Todo homem e toda mulher a desejaria e a exigiria se ele e ela percebessem o seu infinito valor e sua sólida base. O Princípio infalível e permanente de toda a cura é Deus, e este Princípio deveria ser buscado através do amor pelo bem, por motivos mais espirituais e desinteressados. Compreender-se-á então que ele procede de Deus e não do homem, e isto impedirá que a humanidade se precipite promiscuamente, ensinando e praticando em nome da ciência vivificadora, se não o reconhecermos e não o oferecermos resistência, para assim serem estranguladas as suas intenções.

A norma da cura metafísica é violada quando acreditamos poder remendar a velha vestimenta do uso de medicamentos com a fazenda nova da metafísica, ou quando tentamos distorcer a fatal força magnética da mente mortal, denominada hipnotismo, dando-a um corte mais moderno e denominar isto de “cura-pela-mente" ou — o que aos olhos da Verdade é ainda pior — chamar isto de metafísica! Palavras bonitas em vez de uma boa conduta, retidão fingida em vez de um caráter íntegro, má prática mental em vez da prática da medicina autêntica, são pobres substituições das quais se valem os fracos e mundanos, que consideram a norma da Ciência Cristã demasiadamente elevada para eles.

O que se pode deduzir de um perito em matemática que duvida da exatidão de uma regra, porque não está disposto a trabalhar o suficiente para usá-la? A perfeição da regra da Ciência Cristã é o que constitui a sua utilidade: possui uma norma real; mesmo se alguns não a alcançam, outros aproximar-se-ão dela, e estes são os únicos que permanecem fieis a esta norma.

Devemos compreender que a matéria é uma crença falsa, ou um produto da mente mortal; disto deduzimos que a sensação não está na matéria, mas na assim chamada mente; que vemos e sentimos a doença somente em função da nossa crença nela: então não haverá mais matéria que nos impeça ver o Espírito e que obstrua as rodas do progresso. Abrimos as nossas asas em vão quando tentamos elevar-nos acima do erro, usando conceitos especulativos a respeito da Verdade.

O Amor é o Princípio da Ciência divina; através dos sentidos materiais não tomamos conhecimento do Amor, nem é ele adquirido através de uma reprovável tentativa de aparentarmos o que ainda não conseguimos ser: um Cristão. No nosso amor para com o homem, adquirimos uma compreensão verdadeira de que o Amor é Deus; de nenhuma outra maneira podemos alcançar este conceito espiritual e elevar-nos — e continuar elevando-nos — em direção às coisas mais essenciais e divinas. O que impede o progresso do homem é a sua vanglória, ou farisaísmo da época, como também o seu esforço por furtar de outros para poupar árduo trabalho; são erros que não encontram espaço na Ciência. O conhecimento empírico é pior do que inútil: jamais ajudou ao homem adiantar-se um passo sequer na escala do ser.

Que uma mulher tenha-se aventurado sobre um terreno tão desconhecido e que, esquecendo-se de si mesma, prosseguiu em estabelecer este poderoso sistema de cura metafísica, chamado Ciência Cristã, ante tantos obstáculos -- sim, toda a corrente da mortalidade --, é motivo de sério assombro para pensadores profundos. Que, além disto, ela alcançou algum progresso e que, no meio de uma época tão envolvida em pecado e sensualismo, se aprofundou nas verdades espirituais do ser que constituem a perfeição física e mental, lhes parece ainda mais inconcebível. Neste novo curso da metafísica, Deus é considerado mais do que absoluto e supremo; e o Cristo encontra-se revestido com maior esplendor, como o nosso Salvador da doença, do pecado e da morte. A paternalidade de Deus para com Vida, Verdade e Amor, glorifica a Sua soberania.

Através deste sistema, o homem também obtém um novo conhecimento do seu relacionamento com Deus. Já não precisa mais pecar, adoecer e morrer a fim de alcançar o céu; antes é obrigado a vencer o pecado, a doença e a morte, possuindo a faculdade para tanto, e isto porque, como imagem e semelhança de Deus, ele reflete Aquele que destrói a morte e o inferno. Mediante este reflexo, o homem torna-se participante daquela Mente da qual surgiu o universo.

Na Ciência Cristã, o progresso não é motivado pelo ensino, mas pela demonstração. Esta Ciência melhora e regenera a humanidade, libertando-a de todo o erro através da luz e do amor da Verdade. Ela confere ao gênero humano aspirações mais elevadas e novas possibilidades. Ela coloca o machado na raiz da árvore do conhecimento, para cortar tudo o que não traz bons frutos: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mateus 11:6). Ela relaciona a mente com valores mais espirituais, sistematiza a atividade, confere um significado mais perspicaz da Verdade e um maior anseio por ela.

Se estamos famintos e sedentos por uma vida melhor, a obteremos e nos tornaremos Cientistas Cristãos; compreenderemos Deus corretamente e conheceremos algo a respeito do homem ideal, o homem verdadeiro, harmonioso e eterno. Esta evolução do pensamento abrirá o caminho às eras; impulsionará corretamente as engrenagens do raciocínio, educará os afetos para talentos mais elevados e impedirá que o cristianismo seja influenciado por superstições de épocas passadas.


domingo, março 04, 2012

Pense em lugar da crença coletiva

Dárcio Dezolt


Deus, sendo TUDO, é o ÚNICO Poder em atividade onipresente. A Presença divina é Onipotência, e a “crença coletiva”, que acredita em poder do bem e poder do mal é, portanto, falsa! Diante de Pilatos, que lhe afirmava ter poder sobre ele, ou para soltá-lo ou para crucificá-lo, Jesus respondeu: “Não terias poder algum contra mim, se este não te fosse dado do Alto”. Explicava a Pilatos que a “crença coletiva” somente atuaria sobre ele com a sua autorização, isto é, com ele permitindo a sua livre atuação sem que a destruísse pela Verdade.

Joseph Murphy coloca repetidamente em seus livros: “Se você não pensar por si mesmo, a crença coletiva pensará em seu lugar”. Isso quer dizer que diante das falsidades devemos praticar a Verdade! Também Joel S. Goldsmith, em suas obras, dá ênfase contínua ao fato de que “a crença em dois poderes” é a ILUSÃO a ser encarada e dissipada, o que é feito pela admissão incondicional e consciente de que Deus é o ÚNICO Poder.

Você dá poder a pessoas? A condições negativas? Você dá poder a algo além da Onipotência? Você dá poder à matéria? A dores e sofrimentos? Você dá poder às “aparências”? Sim ou não? Conscientemente, não! O que ocorre, caso você julgue que sim, é o seguinte: VOCÊ DEIXOU DE PENSAR POR SI MESMO! E, por isso, deixou-se arrastar pela “crença coletiva”. Muitos lutam contra doenças, contra situações discordantes em seu ambiente, contra inúmeras condições das “aparências”, por acreditar serem reais, quando a verdadeira “batalha” seria interior! Uma “batalha” desencadeada no silêncio da contemplação da Verdade absoluta: DEUS É O ÚNICO PODER! Enquanto sua mente não for aceita como sendo a Mente de Deus, você estará permitindo à “crença coletiva” a suposta atuação hipnótica em sua experiência. Tão logo você destitua esta “crença coletiva” deste seu “poder hipnótico”, que não passa de “sugestão mesmérica”, a Verdade da Onipotência será discernida.

“Temos a Mente de Cristo”, disse Paulo. Esta Mente é a Mente de Deus sendo a Mente real de todos nós! Identifique-se com ela! Não fique à mercê de “crenças coletivas”; assuma sua atitude e pratique a Verdade! Todos os supostos problemas, que aparentemente o aborrecem, têm o “poder do Alto” que a eles VOCÊ está atribuindo! Quando VOCÊ destituí-los deste “poder”, eles sumirão! Que eram? A arcaica “crença em dois poderes” atuando hipnoticamente sobre você, e, atuando ILUSORIAMENTE!


quinta-feira, março 01, 2012

Revelação Divina do Juízo Final

ligaj  Deus Sumiyoshi
Seicho-no-Ie


"Cristo virá novamente e julgará" refere-se ao momento presente. Cristo não é carne, é Verdade. Cristo não é carne, é Luz. Não espere que EU volte em um corpo carnal. Não é que estou de volta, agora aqui? Sou o Caminho, a Verdade, a Luz. Eu - a Verdade, a Luz - venho para julgar a ilusão e a treva; lanço ao fogo do inferno todas as ilusões e trevas, e as queimo totalmente. Saiba que justamente agora é o Juízo Final.

Porém, não há o que temer: minha religião não é a religião do temor. Aquele que tiver queimado a ilusão, viverá; aquele que tiver queimado a treva, pelo contrário, verá a luz. A doença será curada e o padecimento se apagará. Pois, o que é queimado não é o seu eu, é o falso eu. O falso eu não vem de Deus. O eu que não veio de Deus não é Realidade; o eu que não é Realidade vai manifestar o que é e se apagará. A Minha vinda tem a finalidade de separar a Verdade da mentira, a Realidade da falsidade, e sepultar definitivamente, como irrealidades, de modo inviolável, a mentira e a falsidade.

- Revelação Divina de 28 de setembro de 1931.